"Cartas às Escolas", Carta nº 2, Krishnamurti
Data: 15 de setembro de 1978 A bondade profunda só pode florescer em liberdade. Não pode crescer no campo da persuasão, tenha ela a forma que tiver, nem sob a influência de constrangimentos ou de recompensas. Não se revela quando há qualquer espécie de imitação ou conformismo e, naturalmente, não pode existir quando há medo. Manifesta-se na conduta, uma conduta que emana da sensibilidade. Esta bondade expressa-se na ação, e é diferente de tudo o que está ligado ao movimento do pensamento. É preciso compreender o pensamento, que é extremamente complexo, e essa mesma compreensão desperta-o para as suas próprias limitações. A bondade não tem contrário. A maior parte das pessoas considera-a como o oposto da maldade, do mal, e assim, através da história, em qualquer cultura, a bondade tem sido considerada como o contrário do que é desumano. Por isso o homem tem sempre lutado contra o mal para ser bom: mas a bondade nunca pode nascer se existe qualquer forma de violência ou de luta. É na co